Portal ENSP - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca Portal FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz
Início / Palavras Chave / Fiocruz

Fiocruz

16/02/2022

O vídeo publicado em15/02/2022 pelo site do Joio e o Trigo, formado por um grupo que desde 2017 tem atuado no jornalismo investigativo brasileiro, revelou que o Dep. Federal Marcelo Moraes (PTB-RS), em uma reunião da Câmara Setorial do Tabaco realizada em agosto de 2021, relatou ter atuado, de forma contundente, para a extinção definitiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CONICQ) no Brasil.

Referência

CETAB/ENSP/FIOCRUZ se posiciona contra a interferência da indústria fumageira na atuação da CONICQ - Comissão Nacional para a Implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CONICQ) no Brasil. Rio de Janeiro, 15 fev. 2022. 

 

28/01/2022
Referência

CETAB/Fiocruz homenageia Dr.Mirra, grande médico que trabalhou incansavelmente para o controle do tabagismo. CETAB, Rio de Janeiro, 28 jan 2022.

 

06/12/2021

O controle do tabaco no Brasil é um dos casos de maior sucesso global de uma política de saúde pública, considerando a redução no número de fumantes e das doenças tabaco relacionadas obtidas nas últimas décadas (GBD 2015 DALYS AND HALE COLLABORATORS, 2016). Contudo, apesar do sucesso destas políticas, antigos e novos desafios regulatórios coexistem de forma interdependentes, como, por exemplo, as propagandas sedutoras (apesar de proibidas) e o uso de tabaco em ambientes coletivos convivendo com novos desafios como a utilização das redes sociais para divulgação e venda desses produtos e os novos dispositivos eletrônicos para fumar. Por essas razões o controle do tabaco nos remete ao deus Janus da mitologia romana, entidade que possuía duas faces, uma jovem voltada para a frente (o futuro) e outra de um ancião voltada para trás (o passado). Esta entidade era considerada o deus dos inícios e dos finais, das transições e das mudanças, ligado também aos conflitos e a paz, assim como era o senhor dos portões por onde passavam os soldados. Janus também representava o progresso do passado para o futuro, a mudança de uma visão para outra e o amadurecimento da infância para a idade adulta (AUGUSTINE, 2012; FAIRBANKS, 1907; MORFORD; LENARDON; SHAM, 2013; SCULLARD, 1981).

Referência

SILVA, André Luiz Oliveira da; MOREIRA, Josino. Um diálogo com Janus: reflexões sobre a regulação dos produtos de tabaco no Brasil. Scielo Brasil, v. 31, n. 4, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/V5rhtG4BqKtYn5h6QQSdx9q/?lang=pt. Acesso em: 9 dez. 2021.

 

30/10/2021

O movimento brasileiro contra as consequências desastrosas do uso da nicotina é um dos mais respeitados do planeta. Este reconhecimento é fruto de uma série fatores que deve ser analisada em seu conjunto, mas considero que o principal deles é a forma como, há quase meio século, uma legião não muito grande de ativistas, técnicos e cientistas antitabaco têm realizado um trabalho diuturno incansável, para conscientizar a população sobre os riscos inerentes ao tabagismo; pressionar diversas gerações de gestores de todos os níveis de governo a adotarem medidas de controle para redução do impacto ambiental, econômico, sanitário e social da pandemia causada pelo fumo; estabelecer parcerias com jornalistas, mais mesmo do que com os respectivos órgãos órgãos de imprensa; e, sobretudo, levar o movimento para os parlamentos, a fim de transformarmos em leis, toda a compreensão da inteligência do país sobre o melhor a ser feito para aplacar o sofrimento causado  pelas milhares de substâncias tóxicas envolvidas no processo, assim como, para barrar a interferência nefasta e igualmente tóxica da Industria da Nicotina.
Pois, foi pensando nesta interferência, que me choquei com o vídeo de um deputado federal, Kim Kataguri (DEM-SP). Apesar de estudioso do tema há mais de 40 anos, daí tendo trabalhado com um número imenso de políticos, dos mais variados matizes ideológicos, nunca soube que este deputado em particular houvesse participado de qualquer evento ou ação que visasse contribuir para a diminuição, mínima que fosse, das quase 500 mortes diárias por doenças relacionadas ao fumo no Brasil e, consequentemente, um número 20 vezes superior de adoentados graves. 
Portanto, à margem de integrar-se à discussão sobre o tema com as instituições de vanguarda que lidam tradicionalmente com este agravo, como o Instituto Nacional do Câncer e a Fundação Osvaldo Cruz, e com os que fazem advocacy na área, o deputado despreza toda a expertise brasileira e se lança numa seara que não é a sua, atropelando todo o processo de elaboração da política pública mais adequada ao setor. O reducionismo que a sua fala impõe à questão é de pasmar, mas tem a imprudência de atrelar-se a todo o discurso da Indústria, discurso que vem sendo impingido aos formadores de opinião, qual seja: o da razoabilidade do uso dos chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) _ cigarros eletrônicos, dispositivos de tabaco aquecido e que tais. Panaceias semelhantes às que foram disseminadas no passado, a saber, os filtros (lançados nas décadas de 40 e 50) e cigarros de baixos teores (décadas de 70 e 80).
Como já mencionado, o controle do tabagismo em nosso país é super vitorioso. De quase 40% da população compostas por fumantes, nos anos 80, chegamos aos atuais 10% de usuários da droga.
A introdução dos DEFs pode reverter tudo o que conseguimos no Brasil, sobretudo, mas não apenas por isto, pela entrada no circuito de novos dependentes químicos do alcaloide nicotina, representados pelos jovens brasileiros, atraídos pela tecnologia nova. É o que se tem sobejamente sido visto no exterior. 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, órgão responsável pela regulamentação dos produtos fumígenos no país, tem adotado o "princípio da precaução", ao manter o impedimento, através da RDC 46/2009, da produção, importação, comercialização e propaganda. Não há clareza científica suficiente sobre diversos aspectos da questão FUMO ELETRÔNICO por aqui. Sobretudo, não há evidências conclusivas de que os DEFs possibilitem, no Brasil, que tem um dos melhores programas de controle do uso de tabaco do mundo, uma ajuda que se sobreponha ao prejuízo que pode causar.
Daí, esperamos muita responsabilidade do Congresso Nacional na análise do Projeto de Lei 3352/2021, de autoria do deputado Kataguri.
https://www.youtube.com/shorts/fcyj9kFEX6U

Referência
Fonte: https://www.youtube.com/shorts/fcyj9kFEX6U

 

14/09/2021

June 5th, 2021, is World Environment Day. According to UNEP, we are the generation that can make peace with nature. As the world struggles with the worse pandemic ever, several discussions around environmental aspects linked to the surge of pandemics have emerged. According to an IPBES report released in October 2020, future pandemics will emerge more often, spread more rapidly, do more damage to the world economy and kill more people than COVID-19 unless there is a transformative change in the global approach to dealing with infectious diseases. The same human activities that drive climate change and biodiversity loss also drive pandemic risk through their impacts on our environment. Changes in the way we use land; the expansion and intensification of agriculture; and unsustainable trade, production and consumption disrupt nature and increase contact between wildlife, livestock, pathogens and people. According to the UN Secretary General, there is a framework for action – the 2030 Agenda for Sustainable Development and the Paris Agreement on Climate Change. A number of reports have followed. A report commissioned by the WHO FCTC Secretariat in 2019, concludes that tobacco’s environmental footprint, together with its negative health, social and economic implications, make it incompatible with the global sustainable development agenda, in particular SDGs 12 – responsible consumption and production, 13 – climate action, 14 – life under water, and 15 life on land. The report also describes several ways tobacco harms the environment: global cultivation of tobacco requires substantial land use, water consumption, pesticides and labour – all finite resources that could be put to better use. Harmful impacts include deforestation leading to climate change; water and soil depletion; human toxicity; ecosystem eutrophication; and acidification. Processing, the curing of tobacco leaves to produce dry tobacco, is highly energy intensive with use of coal or wood contributing to greenhouse gas emission and deforestation. Additional inputs and waste production occur with the transport and manufacture of cigarettes as well as their final use and disposal. Cigarette buts and the ENDS/HTPs batteries and devices are additional examples that show how the environment can be devastated by a product that roughly kills one in every two consumers. A product that is totally unnecessary to human beings. A product that is produced by an industry that uses child labor to make their profits, misleads the public with new generation products as a cessation panacea that keeps their consumers addicted to nicotine while enticing young generations, buys science and lobbies policy makers, decision makers and legislators. And, at the same time promotes itself as a supporter to human rights and the environment. Finally, in a world facing enormous pressures on natural resources, tobacco competes with valuable commodities that are essential for humanity and adds significant pressures on the health of our planet and its most vulnerable inhabitants. In the name of the present and future generations, we must do something about it. The WHO Framework Convention on Tobacco Control (FCTC) addresses the environmental concerns regarding tobacco in Article 18, which states that: “In carrying out their obligations under this Convention, the Parties agree to have due regard to the protection of the environment and the health of persons in relation to the environment in respect to tobacco cultivation and manufacture within their respective territories.” According to an article published by Thomas Novotny & al, our interviewee of today, the environmental lifecycle of tobacco can be roughly divided into four stages: (i) tobacco growing and curing; (ii) product manufacturing and distribution; (iii) product consumption; and (iv) post-consumption waste. Thomas Novotny is the invitee from CETAB/FIOCRUZ and CICCGT in commemoration of World Environment Day, 5th June 2021. He is well known in the global public health community for his research in the tobacco control field. Dr Novotny has studied extensively the environmental impact of the tobacco value chain and will share with us some insights about the topic.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=APlB3Oxgl9E&t=388s

 

08/09/2021

O CETAB (Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde) lamenta profundamente o falecimento do pneumologista-sanitarista Alberto José de Araújo, na manhã da última terça-feira, 7 de setembro. Alberto além de um querido amigo e poeta, foi um importante colaborador dos cursos lato sensu oferecidos pelo  CETAB. Especialista em Medicina Social e Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ (1982), ele foi fundamental para o avanço na luta contra o tabagismo e no tratamento de fumantes. Araújo deixa uma construção magnífica à frente de causa nobre que certamente irá inspirar novas gerações.

Referência

 

03/09/2021

Centenas de vidas perdidas diariamente, graves danos econômicos e fortes impactos na saúde pública. Ainda que ao ler tais frases o primeiro pensamento possa remeter à pandemia do novo coronavírus, elas também retratam cirurgicamente o rastro de destruição da indústria do cigarro no Brasil.

Referência

SIM, a indústria do cigarro ainda sufoca os cofres públicos. E não quer pagar por isso. Carta Capital, São Paulo, 3 set 2021. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/blogs/o-joio-e-o-trigo/sim-a-industria-d.... Acesso em: 24 jun 2024.

Fonte: https://www.cartacapital.com.br/blogs/o-joio-e-o-trigo/sim-a-industria-do-cigarro-ainda-arrebenta-a-saude-publica-e-nao-quer-pagar-por-isso/?utm_campaign=duplicado_de_novo_layout_newsletter_-_0309_-_duplicado&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

 

02/09/2021

Centenas de vidas perdidas diariamente, graves danos econômicos e fortes impactos na saúde pública. Ainda que ao ler tais frases, o primeiro pensamento possa remeter à pandemia do novo coronavírus, elas também retratam o rastro da indústria do cigarro no Brasil.

Referência

A indústria do cigarro ainda sufoca os cofres públicos e não quer pagar a conta. O Joio e o Trigo, São Paulo, 2 set 2021. Disponível em: https://ojoioeotrigo.com.br/2021/09/a-industria-do-cigarro-ainda-sufoca-.... Acesso em: 1 jul 2024.

Fonte: https://ojoioeotrigo.com.br/2021/09/a-industria-do-cigarro-ainda-sufoca-os-cofres-publicos-e-nao-quer-pagar-a-conta/

 

17/08/2021

General report that presents an overview of the last 4 years (2016-2020) on the activities of the Observatory team, as well as data on the interference variants of the tobacco industry in Brazil.

Referência

TURCI, Silvana Rubano Barretto et al. Observatory on the Tobacco Industry Strategies: 4 years in activity (2016-2020). Cetab/Ensp/Fiocruz, Rio de Janeiro, 17 ago. 2021. 39p.

 

17/08/2021

Relatório geral que apresenta um panorâma dos últimos 4 anos (2016-2020) sobre as atividades da equipe do Observatório, além de dados quanto as variantes de interferência da indústria do tabaco no Brasil.

Referência

TURCI, Silvana Rubano Barretto et al. Observatório das estratégias da indústria do tabaco: 4 anos em atividade (2016-2020). Cetab/Ensp/Fiocruz, Rio de Janeiro, 17 ago. 2021. 40p.

 

Páginas