O produto é proibido no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia, traz riscos maiores à saúde que o cigarro tradicional
A plataforma de streaming Netflix foi a principal fonte de conteúdos para jovens que incluem cenas com consumo de tabaco, apesar de ter prometido acabar com estas retratações em 2019.
Com o mundo em confinamento, o streaming viveu um grande boom em 2020, mas os conteúdos das plataformas continuaram a retratar um mau hábito com frequência: fumar, mesmo depois de estudos já terem concluído que mostrar personagens a participar no vício aumenta a probabilidade dos jovens decidirem experimentar.
Acusada de tornar uma geração de adolescentes dependentes de nicotina e, com isso, causar uma epidemia no consumo de cigarros eletrônicos entre este público nos Estados Unidos, a fabricante Juul assinou um acordo de 40 milhões de dólares (cerca de 209 milhões de reais na cotação de hoje) para encerrar uma ação judicial proposta pelo Procurador-geral do Estado da Carolina do Norte.
O valor deve ser pago ao longo dos próximos seis anos e será destinado a programas de prevenção e apoio à cessação do uso de cigarros eletrônicos, além de pesquisas sobre os efeitos destes dispositivos. Pelo termo, a empresa ainda se compromete a alterar algumas de suas práticas de negócio para evitar atrair jovens ao consumo, como restrições de marketing, de acesso e de uso de sabores.
A ação foi proposta em 2019 com a alegação de que a companhia projetou, promoveu e vendeu cigarros eletrônicos para atrair jovens, levando a percepções errôneas sobre a potência e o perigo da nicotina em seus produtos. Documentos internos da empresa usados na ação ficarão públicos a partir de julho de 2022, o que vai aumentar a transparência sobre as estratégias de marketing da fabricante.