O pneumologista Octávio Messeder, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e diretor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), concedeu entrevista ao programa Metropole Mais nesta terça-feira (10). Durante a conversa, ele destacou o protagonismo da SBPT no combate ao cigarro eletrônico, mencionando ações simbólicas, como a iluminação do Cristo Redentor com a cor verde para alertar sobre os riscos do dispositivo. "Não se está percebendo a dimensão da tragédia que será o cigarro eletrônico", enfatizou.
PNEUMOLOGISTA alerta sobre riscos dos cigarros eletrônicos: "Não se está percebendo a dimensão da tragédia". Metro1, Bahia, 10 dez. 2024. Disponível em: https://www.metro1.com.br/noticias/radio-metropole/158813,pneumologista-.... Acesso em: 29 jan. 2025.
A popularidade do cigarro eletrônico entre adolescentes e jovens preocupa - e não é de hoje. Para além das questões de saúde, o produto tem apelo jovem e ganhou o status de acessório entre eles. Assim como colocam um boné e/ou as meninas usam uma bolsa, o produto na mão também compõe o look. Pois é, acredite se quiser, mas para muitos, segurar um tubinho colorido, degradê ou neon, os tornam mais descolados, portanto mais aceitos. E tá aí uma das difíceis batalhas que as famílias enfrentam: como tirar o cigarro eletrônico deles? Como fazê-los entender que não é bacana? Que faz mal.
DELBONI, Carolina. 'NÃO adianta proibir, qualquer um compra cigarro eletrônico', diz adolescente. Estadão, São Paulo, 4 nov. 2024. Disponível em: https://www.estadao.com.br/emais/carolina-delboni/nao-adianta-proibir-qu.... Acesso em: 11 dez. 2024.
Anvisa está coletando dados para reanalisar a proibição de vaporizadores, vapes e pods. Jovens, menores de idade inclusive, são os maiores consumidores dos dispositivos eletrônicos.
O produto é proibido no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia, traz riscos maiores à saúde que o cigarro tradicional
Com o mundo em confinamento, o streaming viveu um grande boom em 2020, mas os conteúdos das plataformas continuaram a retratar um mau hábito com frequência: fumar, mesmo depois de estudos já terem concluído que mostrar personagens a participar no vício aumenta a probabilidade dos jovens decidirem experimentar.
MAIS de 60% das séries vistas por jovens em 2020 incluíram cenas com tabaco. A Netflix foi a maior culpada. ZAP.AEIOU, Porto, 16 jan 2022. Disponível em: https://zap.aeiou.pt/series-jovens-2020-tabaco-netflix-456781. Acesso em: 1 jul 2024.
Acusada de tornar uma geração de adolescentes dependentes de nicotina e, com isso, causar uma epidemia no consumo de cigarros eletrônicos entre este público nos Estados Unidos, a fabricante Juul assinou um acordo de 40 milhões de dólares (cerca de 209 milhões de reais na cotação de hoje) para encerrar uma ação judicial proposta pelo Procurador-geral do Estado da Carolina do Norte.
O valor deve ser pago ao longo dos próximos seis anos e será destinado a programas de prevenção e apoio à cessação do uso de cigarros eletrônicos, além de pesquisas sobre os efeitos destes dispositivos. Pelo termo, a empresa ainda se compromete a alterar algumas de suas práticas de negócio para evitar atrair jovens ao consumo, como restrições de marketing, de acesso e de uso de sabores.
A ação foi proposta em 2019 com a alegação de que a companhia projetou, promoveu e vendeu cigarros eletrônicos para atrair jovens, levando a percepções errôneas sobre a potência e o perigo da nicotina em seus produtos. Documentos internos da empresa usados na ação ficarão públicos a partir de julho de 2022, o que vai aumentar a transparência sobre as estratégias de marketing da fabricante.
FABRICANTE de cigarro eletrônico terá que pagar U$40 milhões por causar pandemia nos EUA. ACT Promoção de Saúde, São Paulo, 12 jul 2021. Disponível em: https://actbr.org.br/post/fabricante-de-cigarro-eletronico-tera-que-paga.... Acesso em: 21 jun 2024.