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prevenção do hábito de fumar

28/04/2025

Introdução: O marketing social é reconhecidamente uma ferramenta utilizada pela gestão de saúde coletiva no Brasil. Em se tratando especificamente da promoção da prevenção e controle do tabagismo, é importante analisar como se dá o seu uso por meio do principal órgão governamental nacional que detém essa atribuição. Objetivo: Analisar, a partir do uso do marketing social, em que nível de complexidade estão sendo propostas mudanças na sociedade em relação ao tabagismo. Método: Por meio da análise das campanhas publicitárias produzidas pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e utilizando a abordagem da análise do discurso publicitário, foi possível direcionar a investigação e compreender o processo de construção das peças publicitárias. Resultados: Após a categorização dos discursos, conforme a predominância de suas funções, foi viável relacioná-los aos níveis de mudança social pretendidos em cada peça publicitária e, com isso, compreender como o marketing social pode ser uma importante estratégia de promoção à adoção de medidas capazes de prevenir de doenças, como é o caso do câncer. Conclusão: Identificou-se a utilização do marketing social como ferramenta direcionada ao controle do tabagismo e relacionada ao nível mais complexo e avançado de mudança social e, portanto, com caráter de maior dificuldade de implementação.

Referência

BARROS, Juliana Couto Monteiro de;  SAUERBRONN, João Felipe Rammelt. Marketing Social como Estratégia para o Controle do Tabagismo. Rev. Bras. Cancerol, 31 de maio de 2021 v. 67, n. 3. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/1183. Acesso em: 28 abr. 2025.

 

22/10/2020

Objetivo: Avaliar a associação entre uso de cigarros eletrônicos e iniciação ao tabagismo, por meio de uma revisão sistemática com meta-análise de estudos longitudinais.Métodos:Busca bibliográfica foi realizada nas bases Medline, Embase, Lilacs e PsycInfo. As etapas de seleção de referências, extração dos dados e avaliação do risco de viés dos estudos foi realizada em dupla, de forma independente e as divergências discutidas com um terceiro pesquisador para obtenção de consenso. Meta-análise foi realizada por meio do modelo Mantel-Haenszel de efeitosaleatórios.Resultados: Dentre os 25 estudos incluídos, 22 avaliaram o desfecho de experimentação de cigarro convencional e nove avaliaram o desfecho de tabagismo atual (nos últimos 30 dias). A meta-análise demonstrou que o uso de cigarro eletrônico aumentou em quase três vezes e meia o risco de experimentação de cigarro convencional (RR=3,42; IC95% 2,81 – 4,15) e em mais de quatro vezes o risco de tabagismo atual (RR=4,32; IC95% 3,13 – 5,94). Conclusões: O risco de iniciação ao tabagismo é significativamente maior entre usuários de cigarro eletrônico. A liberação da comercialização desses dispositivos pode representar uma ameaça para as políticas de saúde pública no Brasil.
 

Referência

BARUFALDI, Laura Augusta  et al. Risco de iniciação ao tabagismo com o uso de cigarros eletrônicos: revisão sistemática e meta-análise. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, n. 319, 2020. Disponível em: https://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/risco-de-iniciacao-ao-t...).. Acesso em: 16 abr. 2021.