Longe vão os tempos em que marcas de tabaco apelavam ao consumo de cigarros e patrocinavam grandes eventos culturais e desportivos. As últimas décadas, em particular desde a viragem do século, têm sido marcadas por uma mudança de estratégia de todo o sector, que quer hoje apostar em inovação e conhecimento para criar novos produtos, menos nocivos e mais seguros. "[Daqui a dez anos] consigo imaginar-me neste palco com um lindo maço de Marlboro e lembrar-vos de que estes costumavam ser os cigarros mais vendidos em todo o mundo numa categoria que já não existe", perspetivou Jacek Olczak. O CEO da Philip Morris International (PMI), grupo em que está inserida a Tabaqueira, falou dos desafios da estratégia livre de fumo durante nova edição do Delphi Economic Forum, que se realizou na Grécia entre 6 e 9 de abril.
Os suíços votaram, neste domingo (13), a favor de proibir quase toda publicidade de cigarro – os resultados de um referendo que mostram que 57% dos eleitores aprovaram esta iniciativa. Até hoje, a Suíça contava com uma legislação permissiva em relação à publicidade do cigarro, graças ao forte lobby das maiores empresas mundiais do setor, muitas das quais com sede no país.
"Estamos extremamente felizes", disse à AFP Stefanie De Borba, da Liga Suíça contra o Câncer, com a publicação dos primeiros resultados, à tarde. De acordo com a Chancelaria federal, o "Sim" foi aprovado por uma maioria em 16 dos 26 cantões suíços, com quase 57% dos votos.
A Philip Morris foi condenada criminalmente na Bélgica por violar sistematicamente a proibição da publicidade de tabaco. A decisão é final e está relacionada a abusos em toda a Bélgica, inclusive por meio de acordos de patrocínio ilegal que a maior fabricante de tabaco do mundo tem com lojas. Isso é o que de Tejd escreveu no sábado.