Um dos setores mais importantes da economia de Santa Cruz do Sul, a indústria fumageira nunca chegou a interromper suas atividades em função da pandemia, mas teve de transformar drasticamente a rotina de trabalho para adaptar-se aos protocolos de distanciamento e higiene exigidos pelo Poder Público. A Gazeta do Sul conversou com quatro das principais empresas do ramo e foi conhecer uma das usinas de processamento de tabaco para ver de perto como essas mudanças funcionam na prática.
A incidência de roubo de cargas de tabaco cru diminuiu bastante neste ano. Na safra de 2020 foram registrados apenas nove roubos, sendo quatro deles recuperados, o que representa uma redução de 65% das ocorrências na comparação com 2019, quando foram 26 eventos e 11 recuperações nos três estados do Sul. Isso é resultado de uma força tarefa que inclui a ação de todos, incluindo indústrias, polícias e transportadores. Os produtores rurais podem auxiliar na observação e comunicação de atitudes suspeitas que apontariam para possibilidade de roubo de cargas.
O PRODUTOR também pode ajudar a prevenir roubo de carga de tabaco. Sinditabaco, Rio Grande do Sul, 2019. Disponível em: https://www.sinditabaco.com.br/item/o-produtor-tambem-pode-ajudar-a-prev.... Acesso em: 10 maio 2023.
Afubra promoveu o Conecta Expoagro Afubra com o webinar Os desafios e oportunidades do Agronegócio.
CARAMEZ, João Kleber. Importância do agronegócio em tempos de pandemia é debatida em evento. Gaz, Rio Grande do Sul, 19 mar. 2021. Disponível em: https://www.gaz.com.br/agronegocio-resiste-em-tempos-de-pandemia/. Acesso em: 4 maio 2023.
No dia a dia na fazenda de fumo, o contato com diversos agrotóxicos era rotineiro, assim como a dor de cabeça, diarreia, vômito e enjoo. “Um dia, depois de pulverizar eu passei mal. Fui ao postinho e a minha pressão estava 22 por 14. Desmaiei e fui transferida para um hospital. Após algumas horas, o médico me mandou para casa. Disse que era estresse. Mas aquelas dores nunca mais pararam”, relata.
DEPRESSÃO e suicídio: 1569 brasileiros se mataram tomando agrotóxicos na última década. Pública, São Paulo, 8 out 2020. Disponível em: https://apublica.org/2020/10/depressao-e-suicidio-1569-brasileiros-se-ma.... Acesso em: 12 jun 2024.
" Me reuni remotamente com o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, para encontrarmos alternativas para amenizar os impactos dessa crise acasionada pelo coronavirus, sobre tudo, soluções na compra do tabaco na região, e garantia mínima de renda para os agricultores e agricultoras.
Após tratativas com a Afubra, as empresas irão retornar a compra de tabaco a partir das datas abaixo destacadas"
Com o tabaco já seco e estocado nos galpões, os produtores do Vale do Rio Pardo vivem certa angústia. O clima no interior é de muita dúvida, dada a instabilidade enfrentada pelo mercado por conta do coronavírus. Foi o que a Gazeta do Sul constatou ao visitar propriedades em Rio Pardinho, interior de Santa Cruz do Sul, nessa sexta-feira. Alguns moradores preferiram não se manifestar, mas não esconderam a aflição diante do quadro. Além dos prejuízos causados pela estiagem, há receito de, em meio à crise causada pela pandemia, não se conseguir vender bem a safra.
MOMENTO instável preocupa produtores de tabaco da região. Gaz, Rio Grande do Sul, 21 mar. 2020. Disponível em: http://www.gaz.com.br/conteudos/regional/2020/03/21/163366-momento_instavel_preocupa_produtores_de_tabaco_da_regiao.html.php Acesso em: 6 abr. 2020.
Clarissa de Oliveira e Manoela Bonaldo, participantes da terceira edição do Globo Lab Profissão Repórter, mostram a relação de agrotóxicos e depressão entre plantadores de fumo no Sul do país.
CONSERVADO em local seco. Globo, Rio de Janeiro, 11 set 2019. Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/7911780/. Acesso em: 1 jul 2024.
Ao participar da abertura da 19ª Expoagro Afubra, em Vale do Rio Pardo (RS), o secretário de Agricultura Familiar do Mapa, Fernando Schwanke, enfatizou a disposição da ministra Tereza Cristina de implementar ações de fortalecimento da agricultura brasileira e de apoio às pequenas e médias propriedades rurais. Schwanke destacou que a região possui 40% da população na área rural, enquanto a média do país é de 20%, e avaliou que isso ocorre devido à cultura do tabaco e suas etapas de produção.
O artigo analisa os conflitos existentes na cadeia produtiva do tabaco no Brasil e as estratégias historicamente estabelecidas por cada agente. Para tanto, interpretamos a cadeia produtiva do tabaco como um campo de disputas. Como ferramentas metodológicas realizamos revisão bibliográfica e entrevistas semiestruturadas. Dentre os resultados, constatamos que, em geral, os agentes do campo tabagista assumem três tipos de estratégias: 1) a defesa do campo; 2) posições estratégicas intermediárias ponderando disputas históricas que consideram posições conflituosas no campo; 3) posições contrárias ao próprio campo do tabaco.
MENGEL, Alex Alexandre; AQUINO, Silvia Lima de. A cadeia produtiva do tabaco como campo de disputas. Mundo Agrario, Argentina, vol. 18, n. 38, p. 1-21, 2017. Disponível em: https://www.mundoagrario.unlp.edu.ar/article/view/MAe057/8563. Acesso em: 7 ago. 2023.
Em 1981, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), assina o convênio com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), e começa a desenvolver atividades de educação ambiental: palestras e doação de mudas.
Essas ações de cunho ambiental deram origem ao Projeto Verde é Vida, criado em 1991. Tem como objetivo, desenvolver a educação socioambiental; promover a preservação do meio ambiente; a educação rural, diversificação, sustentabilidade e a valorização dos agricultores.
Para realizar atividades lúdicas, buscando a consciência ambiental através de brincadeiras e recreação, em 1991, o Projeto Verde é Vida, cria o seu mascote: o boneco Afubrinha. Uma muda de árvore que atende as comunidades de abrangência da Afubra.