Coronavírus x fumo: tabaco, maconha e cigarro eletrônico podem aumentar gravidade da Covid-19'Fumantes são mais vulneráveis a vírus respiratórios que os não fumantes', explica José Miguel Chatkin, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia.
VALADARES, Marcelo. Coronavírus x fumo: tabaco, maconha e cigarro eletrônico podem aumentar gravidade da Covid-19. G1, Rio de Janeiro, 15 abr. 2020. https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/04/15/coronavirus-x-fumo-tabaco-maconha-e-cigarro-eletronico-podem-aumentar-gravidade-da- covid -19.ghtml. Acesso em: 22 abr. 2020.
quando entra no corpo humano pelas vias aéreas, o coronavírus pode se instalar na parte superior do aparelho respiratório – nariz e garganta – e ficar por lá. Mas pode também atingir as vias aéreas inferiores – traqueia e pulmões. E é aí que ele fica perigoso. Uma vez nos brônquios ou nos alvéolos pulmonares, ele compromete a capacidade do pulmão de absorver oxigênio, provocando insuficiência respiratória. É por isso que os respiradores são fundamentais nessa batalha dentro dos hospitais. É por isso também que o tabagismo é um fator de risco para a doença, aumentando em até 14 vezes as chances da covid-19 se manifestar de forma mais grave.
DIAS, Tatiana. Corona vírus: Philip Morris aumenta produção de cigarros em meio a mortes por insuficiência respiratória. The Intercept Brasil, [s.l.], 6 abr. 2020. Disponível em: https://theintercept.com/2020/04/06/coronavirus-philip-morris-cigarros/. Acesso em: 16 abr. 2021.
O cardiologista Stanton Glantz afirmou que o governo brasileiro é um exemplo pelas políticas públicas que conduziu para desestimular o consumo de cigarros. Também alertou sobre as pressões atuais para a autorização da venda de cigarros eletrônicos. Neste momento, o assunto está em discussão na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
CONTAIFER, Juliana. “Brasil é exemplo no combate ao fumo”, diz especialista internacional. Metrópoles, Brasília, 4 set. 2019.Disponível em: https://www.metropoles.com/saude/brasil-e-exemplo-no-combate-ao-fumo-diz.... Acesso em: 29 mar. 2021.
A redução do percentual de brasileiros dependentes de tabaco caiu 40% em pouco mais de uma década, segundo o Ministério da Saúde. Mas esse avanço pode estar ameaçado com a entrada dos cigarros eletrônicos e vaporizadores no mercado nacional, avaliam especialistas.
MELLIS, Fernando. Cigarro eletrônico ameaça política de combate ao fumo no Brasil. R7, São Paulo, 29 ago. 2019. Disponível em: https://noticias.r7.com/saude/cigarro-eletronico-ameaca-politica-de-comb.... Acesso em: 19 mar. 2021.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou uma audiência pública para discutir a possível inserção de novos produtos de tabaco no mercado brasileiro, como os cigarros eletrônicos e dispositivos de tabaco aquecido. Esses produtos, considerados estratégicos para o futuro do setor, têm a venda proibida no Brasil.
Após virar moda entre adolescentes e dor de cabeça para a agência reguladora dos EUA, o cigarro eletrônico Juul chega ao Brasil com estratégias que parecem copiar as que fazem sucesso lá fora: publicações em redes sociais, diculgação via influenciadores digitais e estandes em festivais e baladas.
CIGARRO da moda nos EUA, Juul é vendido ilegalmente via delivery no Brasil. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 jun 2019. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1tMwUG3jcHoT-95LFTxzmRCTm2WceYX7-/view. Acesso em: 10 jun 2024.
Há uma nova geração de produtos de tabaco que está viciando uma nova geração de clientes, nossos filhos. Com um aumento de 78% no uso de cigarros eletrônicos em apenas um ano, o Cirurgião Geral declarou uma epidemia de uso de cigarros eletrônicos jovens. Assista a este vídeo para aprender como identificar Juul, Sourin e Pen Pal, produtos populares de cigarro eletrônico e vaping. Converse com seus filhos sobre o vício em nicotina e os produtos que eles estão usando para fumar sabores com infusão de nicotina.
TOBACCO FREE CA. Identify which products teens are vaping. Estados Unidos, 4 abr. 2019. 1 AVI (1 min.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=fjDP8rTktWw Acesso em: 24 jun. 2020.
O artigo apresenta um balanço da política brasileira de controle do tabaco de 1986 a 2016, baseando-se em contribuições dos referenciais da economia política e da análise de políticas públicas. A institucionalização do controle do tabaco no país foi marcada por mudanças mais gerais da política de saúde e por eventos específicos relacionados ao tema. A liderança brasileira no cenário internacional, a sólida estruturação da Política Nacional de Controle do Tabaco e o papel da sociedade civil e dos meios de comunicação contribuíram para o sucesso do controle do tabaco no Brasil. No entanto, persistem desafios relacionados à diversificação de produção em áreas plantadas de fumo, ao comércio ilícito, à interferência da indústria do fumo e à sustentabilidade da Política. O estudo reforça a relevância de serem consideradas, na análise de políticas de saúde complexas, as relações entre contexto internacional e nacional e a articulação entre diferentes setores e atores governamentais e não governamentais. A continuidade e a consolidação da política de controle do tabaco dependem da persistência de um marco institucional amplo que norteie a atuação do Estado na proteção social, consoante com as diretrizes do Sistema Único de Saúde.
PORTES, Leonardo Henriques Portes; MACHADO, Cristiani Vieira; TURCI, Silvana Rubano Barretto. A Política de Controle do Tabaco no Brasil: um balanço de 30 anos. Ciências e Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p.,1837-1848, 2018. Saúde Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v23n6/1413-8123-csc-23-06-1837.pdf. Acesso em: 29 mar. 2021.
O cerco aos fumantes pode ficar ainda mais intenso no Brasil. Depois da Lei Antifumo – que entrou em vigor em agosto de 2009, em São Paulo, e foi posteriormente adotada em outros estados proibindo o fumo em lugares fechados -, uma nova medida tenta aumentar o controle sobre o tabagismo. A 4ª Conferência das Partes (COP4) da Convenção para Controle do Tabaco, organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que teve início nesta segunda-feira e vai até sábado, em Punta del Leste, no Uruguai, traz como um dos destaques de sua agenda uma discussão que vem tirando o sono – e ameaçando o bolso -de produtores de tabaco e cigarreiras: a retirada de aditivos, principalmente o açúcar e a amônia, da lista de componentes do cigarro (confira em infográfico a relação de substâncias danosas à saúde).
YARAK, Aretha. Açúcar e amônia podem sair da composição do cigarro. Veja, São Paulo, 16 nov. 2010. Disponível em: https://veja.abril.com.br/saude/acucar-e-amonia-podem-sair-da-composicao.... Acesso em: 4 jul. 2022.