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Tabagismo

07/10/2020

A prevalência do tabagismo no Brasil reduziu sobremaneira nas últimas décadas, mas o país ainda tem uma elevada carga de doença associada a este fator de risco. O objetivo deste trabalho foi estimar a carga de mortalidade, morbidade e custos para a sociedade associada ao tabagismo em 2015 e o potencial impacto gerado em desfechos de saúde e para a economia a partir do aumento de preços dos cigarros por meio de impostos. Foram desenvolvidos dois modelos: o primeiro é um modelo matemático baseado em uma microssimulação probabilística de milhares de indivíduos usando-se coortes hipotéticas que considerou a história natural, custos e a qualidade de vida destes indivíduos. O segundo é um modelo de impostos aplicado para estimar o benefício econômico e em desfechos de saúde de diferentes cenários de aumento de preços em 10 anos. O tabagismo foi responsável por 156.337 mortes, 4,2 milhões de anos de vida perdidos, 229.071 infartos agudos do miocárdio, 59.509 acidentes vasculares cerebrais e 77.500 diagnósticos de câncer. O custo total foi de R$ 56,9 bilhões, dos quais 70% corresponderam ao custo direto associado à assistência à saúde e o restante ao custo indireto devido à perda de produtividade por morte prematura e incapacidade. Um aumento de 50% do preço do cigarro evitaria 136.482 mortes, 507.451 casos de doenças cardiovasculares, 64.382 de casos de câncer e 100.365 acidentes vasculares cerebrais. O benefício econômico estimado seria de R$ 97,9 bilhões. Concluiu-se que a carga da doença e econômica associada ao tabagismo é elevada no Brasil e o aumento de impostos é capaz de evitar mortes, adoecimento e custos para a sociedade.

Referência

PINTO, Marcia et al. Carga do tabagismo no Brasil e benefício potencial do aumento de impostos sobre os cigarros para a economia e para a redução de mortes e adoecimento. Cad. Saúde Pública, vol. 35, n. 8, p. 1-18, 2019.

 

11/09/2020

Há 20 anos, a então diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Gro Brundtland, disse que “o tabagismo é uma doença transmissível a partir da mídia, da indústria do entretenimento e mais diretamente pelas ações de marketing da indústria do tabaco”. As associações do marketing com sucesso, prazer, liberdade, virilidade, entre outras, continuam a incentivar a iniciação de jovens e adolescentes ao consumo desses produtos, geradores dependência química e transtorno mental.

Referência

MARKETING da pandemia do tabagismo. O Tempo, Minas Gerais, 11 set 2020. Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/artigos/marketing-da-pandemia-do-tabag.... Acesso em: 12 jun 2024.

Fonte: https://www.otempo.com.br/opiniao/artigos/marketing-da-pandemia-do-tabagismo-1.2383419#

 

08/09/2020

Segundo pesquisador do Instituto Nacional de Câncer (INCA) André Szklo durante apresentação de estudo que mede os impactos da interferência da indústria tabagista nas políticas públicas de combate ao fumo. A conta mostra que um brasileiro fumante morre a cada R$ 32,3 mil gastos em estratégias para bloquear, burlar ou atrapalhar medidas para a redução ao tabagismo

Referência

PARA cada R$ 32 mil usados em ações pró-cigarro, um fumante morre no Brasil. UOL, São Paulo, 8 set 2020. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/09/08/para-cada-r-3.... Acesso em: 14 jun 2024.

Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/09/08/para-cada-r-32-mil-usados-em-acoes-pro-cigarro-um-fumante-morre-no-brasil.htm

 

28/05/2020

No Brasil, cada vez mais são identificadas ações ilegais de publicidade, propaganda e patrocínio por parte da indústria do tabaco em eventos musicais e por meio das redes sociais, voltadas a atrair principalmente o público jovem para o uso do cigarro. Objetivo: Desenvolver uma metodologia que permita estabelecer um parâmetro de quantificação dos impactos negativos para o setor saúde desse descumprimento da lei.

Referência

INTERFERÊNCIA da Indústria do Tabaco no Brasil: a Necessidade do Ajuste de Contas. INCA, 28 mai 2020. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/878. Acesso em: 12 jun 2024.

Fonte: https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/878

 

06/04/2020

quando entra no corpo humano pelas vias aéreas, o coronavírus pode se instalar na parte superior do aparelho respiratório – nariz e garganta – e ficar por lá. Mas pode também atingir as vias aéreas inferiores – traqueia e pulmões. E é aí que ele fica perigoso. Uma vez nos brônquios ou nos alvéolos pulmonares, ele compromete a capacidade do pulmão de absorver oxigênio, provocando insuficiência respiratória. É por isso que os respiradores são fundamentais nessa batalha dentro dos hospitais. É por isso também que o tabagismo é um fator de risco para a doença, aumentando em até 14 vezes as chances da covid-19 se manifestar de forma mais grave.

Referência

DIAS, Tatiana. Corona vírus: Philip Morris aumenta produção de cigarros em meio a mortes por insuficiência respiratória. The Intercept Brasil, [s.l.], 6 abr. 2020. Disponível em: https://theintercept.com/2020/04/06/coronavirus-philip-morris-cigarros/. Acesso em: 16 abr. 2021.

 

16/02/2020

Gazeta Grupo de Comunicações promove ao longo da próxima semana a expedição Os Caminhos do Tabaco 2020, quinta edição sucessiva de um projeto cuja finalidade é conferir a realidade dessa cadeia produtiva nos três estados do Sul do País. Uma equipe formada por quatro integrantes inicia a viagem neste domingo, 16, com o deslocamento entre Santa Cruz do Sul e a cidade de Imbituva, no centro-sul do Paraná, num trajeto de cerca de 700 quilômetros.
 

Referência

Roteiro da Expedição Caminhos do Tabaco. Rio Grande do Sul, Gazeta do Sul, 16 fev 2020. Disponível em: http://www.gaz.com.br/conteudos/regional/2020/02/16/161912-roteiro_da_ex...

Fonte: http://www.gaz.com.br/conteudos/regional/2020/02/16/161912-roteiro_da_expedicao_caminhos_do_tabaco_comeca_nesta_segunda_feira.html.php

 

27/09/2018

Falaremos sobre tabagismo e doenças não transmissíveis hoje na assembleia geral da ONU. O professor. Riccardo Polosa participará, em Nova York, da Terceira Assembleia Geral das Nações Unidas, instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para as doenças não transmissíveis. Uma oportunidade única para o diretor do CoEHAR (Centro Internacional de Pesquisa para a Redução de Danos pelo Tabagismo da Universidade de Catania), que falará como um membro autorizado da comunidade científica internacional para falar sobre políticas de saúde pública e soluções úteis para reduzir o impacto do tabagismo no mundo.

Referência

POLOSA à Assembleia Geral da ONU para falar sobre tabagismo (Polosa to the UN General Assembly to talk about smoking). AskaNews, Itália, 27 set. 2018. Disponível em: https://www.askanews.it/cronaca/2018/09/27/polosa-allassemblea-generale-.... Acesso em: 29 mar. 2021.

 

11/01/2018

Since e-cigarettes appeared in the mid-2000s, some practitioners, researchers, and policy makers have embraced them as a safer alternative to conventional cigarettes and an effective way to stop smoking. While e-cigarettes deliver lower levels of carcinogens than do conventional cigarettes, they still expose users to high levels of ultrafine particles and other toxins that may substantially increase cardiovascular and noncancer lung disease risks, which account for more than half of all smoking-caused deaths, at rates similar to conventional cigarettes. Moreover, rather than stimulating smokers to switch from conventional cigarettes to less dangerous e-cigarettes or quitting altogether, e-cigarettes are reducing smoking cessation rates and expanding the nicotine market by attracting youth.

Referência

GLANTZ, Stanton; BAREHAM, David. E-Cigarettes: Use, Effects on Smoking, Risks, and Policy Implications. Annual Review of Public Health, Estados Unidos, v. 39, p. 215-235, 2018. Disponível em: https://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev-publhealth-040617-013757. Acesso em: 7 abr. 2021.

Fonte: https://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev-publhealth-040617-013757

 

21/10/2017

O Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio) promove no dia 1º de novembro, no auditório do Decanato do CTC, o seminário “Produtos de tabaco de nova geração: o que diz a ciência?”, das 8h30 às 16h, para abordar questões químicas e médicas referentes ao uso do cigarro eletrônico. Aberto ao público, com vagas limitadas e inscrições grátis no site — o evento tem como foco o fato da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) ter incluído o subtema “Novos tipos de produtos fumígenos – Dispositivos eletrônicos para fumar”, em sua Agenda Regulatória 2017-2020, ainda em andamento.

Referência

DEPARTAMENTO de Química do CTC/PUC-Rio promove seminário grátis. Fator Brasil, Rio de Janeiro, 21 out. 2017. Disponível em: https://www.revistafatorbrasil.com.br/imprimir.php?not=350505. Acesso em: 7 abr. 2021..

 

18/10/2017

Como várias outras “plantas ritualísticas”, o tabaco, no início da civilização, não era objeto de consumo de massa, mas algo sagrado: seu uso era prerrogativa exclusiva dos sacerdotes. Já ao redor de 1000 a.C., segundo arqueólogos, os sacerdotes maias e astecas sopravam a fumaça do tabaco em direção aos pontos cardeais. Seu objetivo era entrar em contato com as divindades do Norte, Sul, Leste e Oeste e fazer-lhes a oferenda do tabaco. A nuvenzinha do tabaco, “imaterial”, exatamente como deveria ser uma entidade espiritual, era um importante instrumento religioso.

Referência

TABACO: História de um vício mortal. Revista Planeta, São Paulo, 18 out 2017. Disponível em: https://www.revistaplaneta.com.br/tabaco-historia-de-um-vicio-mortal/. Acesso em: 10 jul 2024.

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/tabaco-historia-de-um-vicio-mortal/

 

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