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Táticas midiáticas

Relações Públicas

"Moldam a opinião pública, utilizando os meios de comunicação para promover posições favoráveis à indústria."1.

A indústria há muito tempo emprega a mídia para promover os seus próprios fins. Com a desconfiança do público em relação a suas mensagens, as indústrias fumageiras passaram a ''falar'' através de terceiros. Hoje sabemos que todas as empresas de tabaco ainda empregam assessores de imprensa, que escrevem e publicam ''releases'' a favor da indústria, organizam entrevistas coletivas e visitas a redações, fornecendo relatórios e dados para jornalistas, especificamente jornalistas da área econômica.

Seminários internos (''in house'')

Menos visíveis são os contatos da indústria com a mídia 'por debaixo dos panos'. Em março de 2000, o serviço internacional da BBC organizou um seminário sobre o hábito de fumar intitulado "Fumar ou não fumar", que ofereceu uma vitrine tanto para a indústria como para a comunidade de controle do tabaco (Action on Smoking and Health e OMS)2. A carta de agradecimento da BBC (assinada pelo gerente de projetos educacionais do serviço internacional da emissora, Robert Seatter)3 e endereçada ao assessor de imprensa da British American Tobacco (BAT) sugere que o evento foi um sucesso, pelo menos da perspectiva do networking da BAT: 

''Prezado Fran,''

''Um agradecimento oficial de minha parte e da equipe de produtores pela apresentação esclarecedora e proveitosa que você fez em nosso recente seminário sobre o fumo! Todos os participantes do seminário acharam o dia extremamente produtivo no sentido de expressar a complexidade e atratividade das questões abordadas, e isso irá, tenho certeza, se refletir em seu trabalho junto a emissoras de rádio e online. Tenho certeza de que iremos retomar o contato consigo em futuro próximo para informações e consultas adicionais.'' 

Matérias pagas

Uma maneira mais indireta de ''media advocacy'' inclui encomendar editoriais, colunas e artigos jornalísticos através da contratação de especialistas independentes, ou seja, a aplicação de Técnicas Envolvendo Terceiros ou convencer editores a escreverem tais materiais, assinando-os como autores.

"Turning Free Speech into Corporate Speech"4 é o título de um artigo sobre os esforços da Philip Morris para influenciar jornalistas norte-americanos e europeus, no que se refere ao relatório da Environmental Protection Agency (EPA), dos EUA, sobre fumo passivo. Pesquisas realizadas com os documentos da indústria fumageira revelam que a Philip Morris envidou esforços para obter cobertura favorável na imprensa através da empresa de Relações Públicas Burson.Marsteller na década de 1990, e até chegou ao ponto de patrocinar uma escola de jornalismo norte-americana. Além disso, jornalistas associados a institutos de pesquisa, que recebiam verbas da Philip Morris, escreveram inúmeros artigos criticando a atuação da EPA.

'Wining and Dining'

A tentativa de influenciar a política editorial algumas vezes inclui ''wining and dining'' _ empresas sob ataque aproveitam toda e qualquer oportunidade para construir ou manter boas relações com editores e donos de empresas de comunicação _ e políticos também _ através da oferta de amenidades gratuitas. No Brasil, entre os jornalistas, tais amenidades são conhecidas como 'boca livre'. 

Responsabilidade Social Corporativa

Grande parte da estratégia midiática da indústria fumageira diz respeito à gestão de sua reputação. A Responsabilidade Social Corporativa é de importância crescente quando se trata de garantir uma "licença para operar" _ a aceitabilidade da empresa e da indústria aos olhos do público. É importante criar uma imagem positiva, mesmo que a indústria do fumo mate um em cada dois de seus usuários de longa data. Um bom exemplo de uma empresa usando filantropia para alavancar sua imagem pública é o programa de Bolsas da BAT para Jovens Afegãs.

O 'Estado-babá'

O objetivo de uma estratégia midiática é tanto focar-se em formuladores de políticas e no público em geral, visando influenciar o debate público, bem como deslocar o foco dos debates  envolvendo fumo e saúde para questões mais sedutoras. Esta visão popular _ e quase populista _ tenta enquadrar o controle do tabaco como uma inteferência governamental desnecessária, ou 'Estado-babá', como uma ameaça à liberdade do consumidor e aos direitos individuais. 

O jornal ''Financial Times'' apud (TOBACCO TACTICS, 2012) afirma, por exemplo, que a BAT atacou as propostas de embalagem genérica feitas pelo governo britânico, ao sugerir que tinha aliados no movimento libertário. Michael Prideaux (em inglês), Diretor de Comunicações da BAT, disse: "Eu acho que o argumento libertário repercute entre as pessoas que normalmente não ligam para o que a indústria fumageira diz"5

Além disso, a 'captura' do termo "discriminação" por parte da indústria e seus defensores é uma forma de tentar reconfigurar o debate de modo a que a indústria, os varejistas e os fumantes sejam retratadas como pobres vítimas da 'excessiva regulamentação' e da 'intromissão' do governo no campo das liberdades individuais.

Táticas midiáticas: algumas motivações políticas

A tática de veicular anúncios em mídias específicas costuma disseminar um discurso que tem por objetivo manifestar desaprovação sobre determinado conteúdo editorial ou para forçar a publicação de certos relatórios além de fomentar uma visibilidade positiva da indústria fumageira. Em exemplo, podemos citar o lançamento da Antologia da Revista Souza Cruz, que constrói uma imagem positiva da indústria além de mencionar a colaboração de pessoas famosas, como Manuel Bandeira, Lima Barreto, Cecília Meireles e Di Cavalcanti6.

A este respeito, ver também:

* Tática RSC
* Táticas publicitárias e marketing
* Táticas online
* Táticas educativas

30/04/2025

Objectives: To examine the concurrent effects of exposure to movie smoking and tobacco marketing receptivity on adolescent smoking onset and progression. Methods: Cross-sectional study of 4524 northern New England adolescents aged 10–14 in 1999 with longitudinal follow-up of 2603 baseline never-smokers. Cross-sectional outcomes included ever tried smoking and higher level of lifetime smoking among 784 experimenters. The longitudinal outcome was onset of smoking among baseline never-smokers two years later. Movie smoking exposure was modelled as four population quartiles, tobacco marketing receptivity included two levels— having a favourite tobacco advert and wanting/owning tobacco promotional items. All analyses controlled for sociodemographics, other social influences, personality characteristics of the adolescent and parenting style. Results: In the full cross-sectional sample, 17.5% had tried smoking; both exposure to movie smoking and receptivity to tobacco marketing were associated with having tried smoking. Among experimental smokers, the majority (64%) were receptive to tobacco marketing, which had a multivariate association with higher level of lifetime smoking (movie smoking did not). In the longitudinal study 9.5% of baseline never-smokers tried smoking at follow-up. Fewer never-smokers (18.5%) were receptive to tobacco marketing. Movie smoking had a multivariate association with trying smoking (receptivity to tobacco marketing did not). Conclusions: The results suggest separate roles for entertainment media and tobacco marketing on adolescent smoking. Both exposures deserve equal emphasis from a policy standpoint.

Referência

SARGENT, J.D.; GIBSON, J.; HEATHERTON, T.F. Comparing the effects of entertainment media and tobacco marketing on youth smoking. Tobacco Control, v. 18, p. 47-53. 2009. Disponível em: https://tobaccocontrol.bmj.com/content/tobaccocontrol/18/1/47.full.pdf. Acesso em: 30 abr. 2025.

 

 

28/04/2025

Arriving in Germany, visitors are immediately confronted with the social acceptability of smoking. Even in the international airport at Frankfurt, one of the first German airports to ban smoking, authorities re-established “restricted” but open smoking areas, so that passengers are continuously exposed to environmental tobacco smoke.

Referência

MARTINA, Poetschke-Langer; SCHUNK, Susanne. Germany: tobacco industry paradise. Tobacco Control, 2001, v. 10, p. 300-303. Disponível em: https://tobaccocontrol.bmj.com/content/tobaccocontrol/10/4/300.full.pdf. Acesso em: 28 abr. 2025.

 

28/04/2025

Background Singapore has implemented plain packaging, a measure that strips all colours, logos and branding elements from tobacco packs. In other countries, tobacco companies responded to plain packaging with a variety of marketing tactics. Our goal was to describe the tobacco industry’s marketing adaptations to Singapore plain packaging. Methods Qualitative analysis of 378 cigarette packs sampled from Singapore retailers in March 2019, March 2020 and January 2021, 12 months prior to, 2weeks prior to and 6months after plain packaging phase-in, respectively. For each pack, we collected descriptive information on the brand and variant name, pack and stick dimensions, pack shape, differentiating features and distinctive scents, as well as photographic data of the pack, cigarette sticks and any distinct features. We used the March 2019 collection as our baseline dataset, and March 2020 and January 2021 collections as comparison datasets to examine changes in tobacco marketing strategies just before and after plain packaging phase-in. Results Around Singapore’s plain packaging phasein, tobacco companies launched variants with flavour capsules, novelty filter features and new flavours and used more descriptive variant names reflecting the variant’s colour coding or market positioning. Tobacco companies revamped some existing variants, often with Japanese marketing themes to convey a more premium product image. After plain packaging, tobacco companies used longer packs and variations in stick length, filter length and foil texture to further differentiate products. Conclusions Following plain packaging in Singapore, tobacco companies rely increasingly on nomenclature and the cigarette stick itself to market and differentiate products

Referência

EIJK, Yvette van der; YANG, Adonsia Yating. Tobacoo Control, 2022, v. 31, p. 744–749. Disponível em: https://tobaccocontrol.bmj.com/content/tobaccocontrol/31/6/744.full.pdf. Acesso em: 28 abr. 2025.

 

28/04/2025

Objectives: Epidemiological surveys make it clear that youth smoking contributes to both current and future tobacco industry revenue: over 80% of adult smokers reportedly began smoking before age 18. This paper estimates annual and lifetime revenue from youth smoking, and highlights the association between declines in youth smoking and declines in tobacco industry revenue. Main outcome measures: This paper reports the amount of tobacco industry revenue generated by youth smoking at two points in time (1997 and 2002), and describes the distribution of youth generated tobacco income among the major tobacco companies. The authors project the amount of tobacco industry revenue that will be generated by members of two cohorts (the high school senior classes of 1997 and 2002) over the course of their lifetimes. Results: In 1997, youth consumed 890 million cigarette packs, generating $737 million in annual industry revenue. By 2002, consumption dropped to 541 million packs and revenue increased to nearly $1.2 billion. Fifty eight per cent of youth generated revenue goes to Philip Morris USA, 18% to Lorillard, and 12% to RJ Reynolds. The authors project that, over the course of their lives, the 1997 high school senior class will smoke 12.4 billion packs of cigarettes, generating $27.3 billion in revenue. The 2002 high school senior class is projected to smoke 10.4 billion packs, generating $22.9 billion in revenue over the course of their lives. Conclusions: Cigarette price increases from 1997 to 2002 have resulted in greater revenue for the tobacco industry, despite declines in youth smoking prevalence. However, in the absence of further cigarette price increases, declines in youth smoking are projected to lead ultimately to a loss of approximately $4 billion in future tobacco industry revenue from a single high school cohort.

Referência

Healton C, Farrelly MC, Weitzenkamp D, et al. Youth smoking prevention and tobacco industry revenue. Tobacco Control, 2006, v. 15, p. 103-106. Disponível em: https://tobaccocontrol.bmj.com/content/tobaccocontrol/15/2/103.full.pdf. Acesso em: 28 abr. 2025.

 

28/04/2025

Mesmo com a gama de informações disponíveis sobre os malefícios causados pela exposição contínua à nicotina, o tabaco ainda se encontra na segunda posição no ranking de drogas lícitas mais consumidas segundo o INCA. Esta pesquisa faz parte de um projeto maior que tem como tema central a implementação de atividades pedagógicas sobre tabagismo e adolescência, nas escolas do município de Londrina - PR, tendo como foco adolescentes com idades entre 14 e 20 anos. Os objetivos do trabalho foram identificar a causa do interesse dos jovens pelo hábito do tabagismo, assim como o interesse do adolescente fumante pelo consumo das diferentes formas do tabagismo (cigarro, narguilé e/ou cigarro eletrônico/vape) e quais as influências para o consumo do tabagismo entre adolescentes. Foi aplicado um questionário junto aos alunos do Ensino Médio, matriculados em escolas públicas da região periférica e central do município de Londrina/PR. Os resultados indicaram que 39,4% já tiveram interesse e já experimentaram uma das três formas de tabagismo (cigarro, narguilé e/ou cigarro eletrônico/vape), além disso, o hábito de fumar narguilé foi o que mais apareceu entre os estudantes. Ressalta-se que a escola, por suas características, torna-se um ambiente de excelência para realização de práticas educativas para prevenir o consumo de cigarro entre os adolescentes.

Referência

KLEIN, Tania Aparecida Silva; MÔNACO, Beatriz Nazo Nazo; SANTOS, Giovanna Ivy Prado; ZÕMPERO, Bruna Alves Silva; Andreia Freitas. Hábito de tabagismo entre adolescentes de escolas brasileiras. Revista Sustinere, Rio de Janeiro, set. 2021. v. 9, p. 509–531. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/sustinere/article/view/60177/39601. Acesso em: 28 abr. 2025.

 

28/04/2025

O cigarro eletrônico (EC) é um dispositivo que fornece doses de nicotina e outros aditivos em aerossol aos usuários. Seu uso tem aumentando consideravelmente na população jovem entre 13 e 18 anos e tornou-se um problema de saúde pública global, aumentando por consequência doenças pulmonares nos indivíduos e prejudicando também, pessoas que nunca tiveram contato direto com o EC, ao tornarem-se fumantes passivos. Foi encontrada uma associação significativa entre o uso de cigarro eletrônico e exacerbação de asma (OR ajustado 1,44; IC 95% 1,17-1,76). Assim, EC vem sendo periodicamente reformulado e sua estratégia de marketing atrai ainda mais os jovens, por sua embalagem colorida e o atrativo dos diversos sabores que seu vapor pode conter. Isso traz uma grande preocupação, pois, esta fase da adolescência é onde o indivíduo estrutura seus comportamentos sociais, que serão determinantes para a saúde em sua vida adulta. O EC foi desenvolvido com o intuito de auxiliar pessoas na interrupção do uso de cigarros convencionais, fornecendo doses de nicotina para reposição na abstinência. Porém, com sua popularização. Com a popularidade do item, pessoas que nunca tiveram acesso, passam a experimentá-lo. Objetivo: Investigar na literatura científica nacional e internacional a relação do cigarro eletrônico com a saúde dos jovens usuários. Através de uma revisão narrativa e comparando com resultados obtidos em estudos globais anteriores. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Utilizou-se uma amostra de nove estudos publicados no período compreendido entre 2014 e 2024. Para busca do material, foram utilizados descritores indexados no DECS, sendo eles: sistemas eletrônicos de liberação de nicotina, cigarro eletrônico, Tabagismo e pneumopatias. O levantamento do material foi realizado nas seguintes bases de dados: PubMed, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde - BVS. Como critérios de elegibilidade: trabalhos publicados nos idiomas inglês, português e espanhol. Os critérios para exclusão foram trabalhos que não abordavam as palavras chaves ou que não correspondiam ao idioma de elegibilidade. Resultados: O EC tem se popularizado muito entre adolescentes e jovens adultos, sua embalagem colorida, essências com sabores variados e a capacidade de liberar grandes quantidades de vapores atraem mais rapidamente o público citado. Uma pesquisa realizada com estudantes do ensino médio em Shangai, com N=2270, (OR = 1,34, IC 95%: 1,08– 1,65), buscadores de sensações (OR = 1,11, IC 95%: 1,08–1,14), baixo desempenho acadêmico (OR =1,24, IC 95%: 1,01). –1,54), ja usuário de cigarro (OR = 2,27, IC 95%: 1,29–4,01), inconsciente do fumo passivo resultante da vaporização (OR = 1,56, IC 95%: 1,25–1,96). Outro estudo realizado dois anos antes no Brasil, utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE complementam esses resultados para identificar como a popularização do EC vem se desenvolvendo no país, sabendo que dos escolares, 22,6% (IC95% 21,7–23,4) já experimentaram cigarro alguma vez, porcentagem mais elevada entre os de 16 a 17 anos de idade (32,6%; IC95% 31,4–33,8) e no sexo masculino (35,0%; IC95% 33,6–36,4). A experimentação de narguilé, cigarro eletrônico e outros produtos do tabaco também se mostra elevada, com 26,9% (IC95% 26,0–27,8), 16,8% (IC95% 16,2–17,4) e 9,3% (IC95% 8,8–9,8). Esses dados globais mostram a crescente aceitação e normalização dos dispositivos eletrônicos de liberação de nicotina na sociedade e principalmente pelos jovens. Conclusão: A análise dos dados apresentados evidencia a crescente popularização dos EC entre adolescentes e jovens adultos, tanto em contextos internacionais quanto nacionais. A pesquisa em Shangai demonstra uma forte correlação entre o uso desses dispositivos e fatores como busca por sensações, baixo desempenho acadêmico e desconhecimento sobre os riscos do fumo passivo. Paralelamente, os dados brasileiros reforçam essa tendência, revelando altas taxas de experimentação de cigarros eletrônicos entre estudantes, especialmente entre os mais velhos e do sexo masculino. Esses resultados indicam não apenas a ampla aceitação dos ECs, mas também a necessidade urgente de políticas de conscientização e regulação mais rigorosas, visando mitigar os impactos desse fenômeno na saúde pública, particularmente entre a população jovem.

Referência

ARRUDA, Nielson da Cunha; FILHO, Pedro Leite de Melo; DE SOUZA, Elen Figueredo; FERREIRA, Nathalia Racovski; SANTOS, José Ricardo Nascimento. A forte popularização do cigarro eletrônico entre os jovens. In: XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. 2024, Paraná. Resumo expandido. p. 1-2. Disponível em: https://rdu.unicesumar.edu.br/bitstream/123456789/11238/1/907454.pdf. Acesso em: 28 abr. 2025.

 

28/04/2025

Na idade entre 16 a 19 anos, a proporção de experimentadores do narguilé é elevada, estando também associada à idade escolar e ao período em que se estuda. O uso do narguilé também é variável entre diferentes culturas. Porém, apenas recentemente chegou aos bares e restaurantes brasileiros, atraindo a atenção dos adolescentes e jovens por proporcionar um aspecto de socialização, devido à possibilidade do uso simultâneo por várias pessoas. Com a popularização desta prática entre os jovens, no ano de 2013, o narguilé acabou virando tema da ação de prevenção pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). O presente estudo justifica-se pela importância do tema relativo aos jovens usuários de narguilé e a preocupação da comunidade científica e médica em relação ao uso abusivo do tabaco em forma de narguilé, associado dessa maneira com várias patologias em potencial. O presente estudo objetivou avaliar e analisar a influência das redes sociais para o início e continuidade da utilização do narguilé por estudantes adolescentes de Foz do Iguaçu-PR. Para alcançar este objetivo foi aplicado um questionário estruturado autoaplicável baseado no Vigescola (Vigilância de Tabagismo em Escolares) e no Global Youth Tobacco Survey (GYTS) a estudantes adolescentes do ensino médio de cinco escolas públicas e uma escola privada do município de Foz do Iguaçu-PR. Trata-se de uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa. No total, 300 estudantes responderam o questionário e a prevalência de usuários de narguilé foi de 76%, que haviam experimentado pelo menos uma vez, enquanto 24% nunca utilizaram. A idade dos entrevistados que experimentaram pela primeira vez ficou entre 12 a 15 anos (41%). Constatou-se que adolescentes que usam narguilé apresentam significativamente (p<0,0001) mais amigos que também usam narguilé e maior frequência de compartilhamento de narguilé com seus amigos. O local de preferência para utilização foi a casa de amigos (50%). Conclui-se que o percentual de adolescentes do ensino médio que utilizam o narguilé é elevada e a pesquisa indica que a rede de amizades influencia o início do uso. Espera-se que esse estudo sustente novas investigações sobre essa temática e que possa contribuir para ações eficazes de prevenção ao uso de narguilé por adolescentes.

Referência

MARQUETTI, Maria da Glória Karan. Análise da influência das redes sociais no consumo de narguilé por adolescentes residentes Em Foz do Iguaçu-PR. 2017. 75 f. Dissertação (Mestrado em Sociedade, Cultura e Fronteiras) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu, 2017. Disponível em: https://tede.unioeste.br/bitstream/tede/2930/5/Maria_Marquetti_2017.pdf. Acesso em: 28 abr. 2025. 

 

28/04/2025

Este artigo busca identificar os fatores que influenciam o comportamento do uso do cigarro eletrônico pelos jovens, onde se desenha uma mesma perspectiva quanto ao uso de teorias comportamentais. Foi realizada uma revisão sistemática de literatura utilizando a base de dados Scopus, com critérios de inclusão específicos para artigos publicados entre 2020 e 2024. Foram identificados 18 artigos relevantes que destacam fatores como influência de pares, exposição a ambientes, publicidade, e percepções de saúde como principais influenciadores do uso de cigarros eletrônicos entre jovens. Os resultados mostram a vulnerabilidade dos jovens a comportamentos indesejados e a importância de programas de marketing social baseados em teorias comportamentais para a prevenção. É essencial desenvolver políticas públicas eficazes e baseadas em teorias comportamentais para prevenir o uso de cigarros eletrônicos entre jovens.

Referência

SILVA BEZERRA, Edna Patrícia; PINHEIRO, Romel. Fatores que influenciam o uso de cigarros eletrônicos entre jovens: uma revisão sistemática de literatura. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 20, n. 55, p. 1–12, 2025. Disponível em: https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/view/5585/3584. Acesso em: 28 abr. 2025.

 

31/03/2025

Informe-se! Continue a buscar mais informações sobre os cigarros eletrônicos e alternativas sem fumaça. Você sabia que hoje essas alternativas já estão regulamentadas em mais de 80 países? Saiba mais em queroescolher.com. 

Referência

PHILIP MORRIS BRASIL. Quero escolher [página eletrônica - Instagram]. [s.l.], 2025. Disponível em: https://www.instagram.com/reel/C59BgS3x4-t/?igsh=MTF5cjdua2JyazJrbQ%3D%3D. Acesso em: 27 maio 2025.

 

03/03/2025

Página eletrônica da indústria de tabaco Philip Morris Brasil sobre Alternativas ao cigarro à combustão. Você sabia que existem opções ao cigarro tradicional? Hoje em dia é possível encontrar alternativas potencialmente menos tóxicas do que aquelas à combustão*. Uma nova escolha para adultos fumantes que não pretendem parar de fumar.

Referência

PHILIP MORRIS. Quero escolher [página eletrônica]. [s.l.], 2025. Disponível em: https://queroescolher.com/. Acesso em: 31 mar. 2025.

 

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