O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras
Portal ENSP - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca Portal FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz
Início / Estrategias E Taticas / Exagerar a importância econômica da indústria

Exagerar a importância econômica da indústria

'''Geração de emprego, contribuições fiscais e outros indicadores econômicos são frequentemente empregados pela indústria fumageira para supostamente demonstrar suas contribuições para a economia de um país. Mas as cifras fornecidas pelas empresas não somente exageram a importância econômica desta indústria como também ignoram os custos da saúde, sociais, ambientais e sanitários acarretados pelo tabaco e seus derivados"1.

A indústria do tabaco se esforça para interferir no processo político. Exagera sua própria contribuição, expressa em termos de geração de empregos (diretos e indiretos), contribuições fiscais e outros indicadores econômicos, à economia de um país, região, província ou município. As informações econômicas não são apenas sensacionalistas, mas também ignoram o impacto negativo do uso do tabaco, incluindo a evasão de recursos públicos usados para tratar milhões de pessoas que desenvolvem doenças associadas aos uso de tabaco. 

Ela tenta se opor as medidas de controle do tabaco com a alegação de que tais medidas impactariam negativamente na geração e manutenção de postos de trabalho e, consequentemente, na economia do país. Com esse argumento, a indústria cria ''lobbies'' contra aumentos do imposto sobre produtos derivados do tabaco prevendo consequências catastróficas para seu negócio. Na realidade, as evidências mostram que, pelo menos até agora, as perdas de emprego no setor fumageiro tem pouco a ver com medidas mais severas de controle ao tabaco. Uma publicação recente2 destaca como a indústria do tabaco fez ''lobbies'' contra a tributação e tarifação sobre os cigarros com o pretexto de que os custos reduzidos de produção iriam preservar empregos. Além de obter vantagens fiscais, a indústria ainda reorganizou e consolidou seus processos de produção, levando a perdas de emprego no setor. De fato, ainda que suas demandas sejam atendidas, não causaria espécie a ninguém familiarizado com o antitabagismo que ameaçasse fechar uma fábrica ou departamento e mudar para outro lugar, apesar de suas alegações de compromisso social e responsabilidade. 

Estudos econômicos revelam que as alegações da indústria acerca de potencial perda de postos de trabalho e outras perdas econômicas resultantes de controles mais severos ao tabaco são exageradas; de fato, tais perdas são insignificantes. Se o consumo cair, as perdas de emprego nos setores dependentes do tabaco são mais do que compensadas pelo aumento de emprego em outros setores que não prejudicam a economia geral 3.

31 de outubro de 2018: A FGV Projetos realizou o “Estudo dos Efeitos Socioeconômicos da Regulamentação, pela Anvisa, dos assuntos que tratam as consultas públicas nº 112 e 117, de 2010”

A FGV Projetos realizou o “Estudo dos Efeitos Socioeconômicos da Regulamentação, pela Anvisa, dos assuntos que tratam as consultas públicas nº 112 e 117, de 2010”, no qual demonstra que o estrangulamento do mercado formal de cigarros não diminuirá o consumo, apenas tornará o produto do contrabando mais atraente, relaciona as consequências econômicas e sociais da alteração da preferência do fumante. O estudo tem por objetivo analisar os potenciais efeitos econômicos e sociais decorrentes da implantação das novas restrições às embalagens e materiais de comunicação de marcas de cigarros, bem como da proibição de sua exibição no ponto de venda e do uso de ingredientes na sua fabricação, previstas nas Consultas Públicas nº 112 e 117, de 2010, divulgadas pela ANVISA.

A este respeito ler também:

13/11/2024

Ao longo dos últimos 20 anos, o gaúcho Carlos Fernando Costa Galant foi uma das vozes fortes a defender as demandas e os interesses da cadeia produtiva do tabaco no Brasil, mais diretamente a do setor industrial identificado com a fabricação de cigarros. E o fez diretamente de Brasília, na interlocução junto aos organismos do governo federal, bem como junto a entidades e instituições do agronegócio nacional. Na condição de diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), ele se unia à representação dos produtores – no caso, à Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) – e ainda da indústria de processamento – estas unidas no Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) – nas manifestações em nome do Sistema Integrado de Produção no País.

Referência

BELING, Romar. Em meio a desafios e conquistas, setor do tabaco mantém evolução. Gaz, Rio Grande do Sul, 26 dez. 2022. Disponível em https://www.gaz.com.br/em-meio-a-desafios-e-conquistas-setor-do-tabaco-m.... Acesso em: 11 dez. 2024.

 

13/11/2024

Aconteceu nesta segunda-feira, 19, na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em Santa Cruz do Sul (RS), o primeiro encontro entre a comissão representativa dos produtores de tabaco e empresas fumageiras, para definir o preço do tabaco para a safra 2022/2023. O encontro terminou sem acordo e uma nova rodada de reuniões deve acontecer no mês de janeiro. Segundo a Afubra, duas empresas fumageiras foram recebidas individualmente e apenas a JTI propôs um reajuste sobre a tabela de preços da safra passada, aquém da variação do custo de produção. A BAT não apresentou proposta. A proposta das entidades, neste primeiro encontro, foi a variação do custo de produção mais cinco pontos percentuais para a lucratividade do produtor.

Referência

STAFIN, Isabel. Primeira rodada de reuniões sobre preço do tabaco termina sem acordo. JMais, Rio Grande do Sul, 20 dez. 2022. Disponível em: https://www.jmais.com.br/primeira-rodada-de-reunioes-sobre-preco-do-taba.... Acesso em: 11 dez. 2024.

 

13/11/2024

Folheto com os tópicos considerados de destaque com o intuito de promover debates e tomadas de decisão no âmbito do controle do tabaco. Nesta edição, a pauta versa sobre: desafios regulatórios do controle do tabaco no Brasil; evento discute táticas da indústria do tabaco e paralelos com a regulação do uso de dispositivos digitais; Cetab e DAENT debatem a necessidade de atualizar políticas de controle do álcool no Brasil e a constitucionalidade da regulação de aditivos em produtos de tabaco pela ANVISA: Impacto do Julgamento no STF.

Referência

KORNALEWSKI, Alex Medeiros; CARVALHO, Alexandre Octavio Ribeiro de; BARATA, Danielle; HASSELMANN, Luis Guilherme; TURCI, Silvana Rubano. Destaques do Observatório sobre as Estratégias da Indústria do Tabaco. Cetab/Ensp/Fiocruz, Rio de Janeiro, julho, 2024. Acesso em: 13 nov. 2024.

 

12/11/2024

Especialistas analisam os impactos do recente aumento do IPI  e do novo preço mínimo sobre os cigarros , um dos produtos mais contrabandiados do país.  

Referência

ELEVAÇÃO de impostos e alterações previstas na Reforma Tributária podem impulsionar o mercado ilegal. O Globo, Rio de Janeiro, 12 nov. 2024. Disponível em: https://oglobo.globo.com/conteudo-de-marca/forum-nacional-contra-a-pirat.... Acesso em: 7 abr. 2025.

 

11/11/2024

O mercado ilegal de cigarros eletrônicos, os famosos “vapes”, tem crescido de forma acelerada no Brasil. Dados recentes mostram que cerca de 3 milhões de brasileiros já são consumidores regulares de dispositivos ilícitos e de procedência desconhecida, um aumento de 600% nos últimos seis anos (Ipec).

Referência

REGULAMENTAR os cigarros eletrônicos é criar regras para frear descontrole. Gazeta do Povo, Paraná, 11 nov 2024. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/conteudo-publicitario/bat-brasil/cigarro.... Acesso em: 9 dez 2024.

 

11/11/2024

A Comissão e Serviços da Câmara dos Deputados promove nesta quarta, dia 13, uma audiência púbica para debater os impactos econômicos da comercialização ilegal do cigarro eletrônico. A proposta é do deputado Heitor Schuch.

Referência

SCHUCH propõe audiência sobre os impactos econômicos da comercialização ilegal de cigarros eletrônicos. Folha do Mate, Rio Grande do Sul, 11 nov 2024. Disponível em: https://folhadomate.com/livre/schuch-propor-audiencia-sobre-impactos-eco.... Acesso em: 2 dez 2024.

 

11/11/2024

A Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul promoveu uma audiência pública híbrida para discutir a liberação de dispositivos eletrônicos de consumo de tabaco, como cigarros eletrônicos, cigarros pré-aquecidos e outros produtos derivados.

Referência

AUDIÊNCIA pública vai debater a regulamentação de cigarros eletrônicos e produtos do tabaco. Rio Grande do Sul, Portal Arauto, 10 nov. 2024. Disponível em: https://portalarauto.com.br/10-11-2024/audiencia-publica-vai-debater-a-r.... Acesso em: 13nov. 2024.

 

11/11/2024

Um dos mais importantes setores do agronegócio no Rio Grande do Sul e em todo o Sul do Brasil prepara-se a fim de, na próxima sexta-feira, organizar a Abertura Oficial da Colheita do Tabaco, no Parque da Expoagro Afubra. Será um espaço no qual se salientará a força social, econômica e institucional dessa cadeia produtiva. Mas, mais do que isso, é ocasião na qual novas tecnologias que hoje estão sendo introduzidas e, em muitos casos, já adotadas em larga escala podem ser conhecidas por quem nem sempre acompanha de perto a realidade no campo.

Referência

BELING, Romar. Direto da redação: um mundo de inovações no tabaco. Gaz, Rio Grande do Sul, 2 nov. 2024. Disponível em: https://www.gaz.com.br/direto-da-redacao-um-mundo-de-inovacoes-no-tabaco/. Acesso em: 13 nov. 2024.

 

11/11/2024

A JTI (Japan Tobacco International) acaba de completar 15 anos de sua operação de tabaco em folha em Santa Cruz do Sul (RS). A data marca a aquisição das atividades de produção agrícola, compra, processamento e exportação de tabaco em folha da KBH&C e Kannenberg. Segundo Roberto Macedo, líder das Operações de Tabaco em Folha da JTI no País, o aniversário simboliza uma trajetória de superação, com foco em qualidade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia produtiva, sempre mantendo seus colaboradores e produtores integrados no centro de tudo. “Mesmo com o sucesso alcançado, continuamos em um processo de evolução e crescimento, com responsabilidade e compromisso com toda a cadeia do nosso negócio”, ressalta Macedo.

Referência

JTI celebra 15 anos da operação de tabaco no Brasil. Olá Jornal, 4 nov. 2024. Rio Grande do Sul, Disponível em: https://olajornal.com.br/jti-celebra-15-anos-da-operacao-de-tabaco-no-br.... Acesso em: 13 nov. 2024.

 

11/11/2024

Ribeirão Preto (SP) – O consumo de cigarros ilegais no País, principalmente os produzidos no Paraguai, atingiu em 2024 o menor índice dos últimos 12 anos, mas mudanças tributárias no tabaco podem fazer esse mercado clandestino voltar a crescer, segundo o setor. Uma pesquisa feita pelo Ipec encomendada pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) mostrou que o mercado ilegal representa atualmente 32% do consumo brasileiro, ante os 68% do setor legalizado. É o menor índice desde o início do levantamento, em 2013, e mostra redução significativa desde o ápice, em 2019.

Referência

TOLEDO, Marcelo. Consumo de cigarros ilegais atinge o menor nível dos últimos 12 anos: Aumento do imposto incidente sobre o tabaco pode impulsionar o mercado clandestino no Brasil, alerta o FNCP. Diário do Comércio, 4 nov. 2024. Disponível em: https://diariodocomercio.com.br/legislacao/consumo-cigarros-ilegais-atin.... Acesso em: 16 dez. 2024.

 

Páginas

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.